Sentai Recomendado – Tokumei Sentai Go-Busters

Seguindo meus cinco sentais favoritos, hoje vou escrever sobre o mais recente deles: Tokumei Sentai Go-Busters. Eu sei que já falamos bastante desta série, com vários artigos e dois episódios do Senpuucast, mas não sentiria correto deixando ele de lado. Portanto, vou focar no que me fez colocar a série no meu top 5.

Primeiro de tudo, eu já comentei em outro post sobre as diferenças de Go-Busters, o que o torna um sentai único. Isso para mim é um ponto fortíssimo, mas não vou me repetir. Então, vamos aos outros pontos que eu gosto.

Primeiro, temos o visual. Todos os elementos em Go-Busters são muito bem amarrados visualmente falando. A série prima por ser o mais realista quanto poderia ser, sem descaracterizar como um sentai. Os uniformes, por serem de uma espécie de couro, com capacetes sutilmente estilizados, parecem algo que uma equipe de elite poderia utilizar. Os mechas, idem. São mecânicos, com encaixes, mecanismos e tudo bem aparente. Os vilões, por outro lado, são bem estilizados. Eu normalmente não gosto de vilões baseados em objetos, mas são feitos sem parecerem bobos. Quer dizer, na maioria das vezes.

Estou olhando para você Dumbellroid!

Ainda nessa linha, temos outro detalhe interessante: a série mostra muito o lado operacional. Existe toda uma equipe em torno dos Busters, dando manutenção, direcionamento de informações e tudo mais. Os mechas e equipamentos também não simplesmente aparecem do nada. Os robôs têm saídas bem estilo Evangelion, enquanto as armas e equipamentos são teleportados da base. Os heróis realmente estão localizados em algum ponto (e Hiromu quase foi acertado dessa forma, também parecendo Evangelion), os gattais são mostrados como manobras especiais, inclusive com alguns só sendo possíveis na base.

Esse lado mais realista da série dá um tom extremamente especial e único. Ame ou odeie, Go-Busters é um super sentai único e memorável. Aliás, minha comparação com Evangelion não é atoa. Eu senti uma influência muito forte de animes de robô gigante, inclusive nos personagens. Os membros do sentai não são tratados como heróis como na maioria dos tokusatsus, e sim como soldados / pilotos. Aliás, a forma como são retratados me lembrou muitas vezes os relacionamentos em animes como Macross ou Gundam. E isso é muito fascinante.

Amigão do J. esse cara

Apesar de Go-Busters ter uma trama muito bem armada, ela não é o destaque. O grande brilho da série vem dos seus personagens. Os quatro Busters humanos são muito bem desenvolvidos, bem humanos e de certa forma realistas. Todos têm vantagens, defeitos, acertam no que são bons e quebram a cara no resto. Agora, mais do que personagens bem feitos, os relacionamentos são muito legais. Eles se irritam, se magoam, passam por desentendimentos e fazem as pazes. Tudo isso faz uma série gostosa de assistir, independente da ação e de vilões.

E por falar em vilões, essa série tem basicamente um, mas é mais do que suficiente. O big bad é o Messiah, e temos a gracinha da Escape também, mas o real vilão é Enter. Interessante que é um vilão humano, o que está ficando cada vez mais raro, e ele fica na sua forma normal na maioria dos episódios. E ele é um vilão que você adora odiar: carismático, sempre cheio de planos e é mal sem ser caricato demais. Ele é daqueles para entrar na história dos tokusatus.

“Meu plano está quase no fim. Só falta uma carta pro Exodia!”

Claro que a série não é perfeita, sofre de um problema sério: os fillers são muito fracos. No primeiro arco isso não é tão aparente, mas no segundo temos episódios realmente desnecessários e ruins, como o da Pink Buster. Isso atrapalha demais o andamento da série, que poderia ser muito mais intenso. Toda série precisa desse tipo de capítulo, é claro, mas como a trama está fascinante, esses cortes abruptos fazem uma quebra de ritmo sem nada acrescentar. Nesse ponto, Kobayashi deixou a peteca cair.

Enfim, vocês já ouviram bastante dos Busters, mas não poderia deixar de citá-la nos sentais recomendados. Então meus caros, adieux!