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[Crítica] Power Rangers 2017 – COM SPOILERS!

Mozart 7 anos ago 6 102

Esqueça o cavaleiro mascarado que protege Gotham City, esqueça a reunião de heróis comandados por Nick Fury que tentam salvar o planeta. Nosso foco agora é no grupo de adolescentes com sérios problemas familiares que vão zelar pela Alameda dos Anjos e, claro, evitar a destruição total do planeta Terra!

O novo filme dos Power Rangers chega com um clima bem comum para filmes de super-heróis, parece que o diretor Dean Israelite conseguiu unir o cenário sombrio e sério explorado pela DC no cinema com o bom humor da Marvel nas telonas.

Filmes com protagonistas adolescentes são uma tendência como podemos ver em Jogos Vorazes, Maze Runner, Divergente e 5ª Onda. Essas produções deixam a recuperação de um planeta pós-apocalíptico nas mãos de “crianças antes do estágio da maturidade”, como Alpha 5 explica para Zordon. Só que em Power Rangers é diferente. Esses cinco jovens têm a chance real e imediata de evitar o fim do mundo e salvar a Terra de todo mal que a vilã Rita Repulsa (Elizabeth Banks) planeja.

Como um todo, o filme não tem nenhuma grande surpresa, especialmente para quem acompanhou os trailers. Prova disso é que os rumores de que Zordon foi o primeiro Ranger Vermelho e Rita a primeira Ranger Verde, se confirmam já na primeira cena e, assim como os vídeos de divulgação mostraram, Goldar só fica grande. Uma sequência de vários acontecimentos previsíveis traz para o público duas horas de clichês básicos, principalmente para os nostálgicos que têm lembranças daqueeeeele filme lançado em 1995.

A trama começa de maneira bem divertida, com destaque para a apresentação dos personagens que eu pensei que seria um problema! É bem fácil se apegar a Jason (Dacre Montgomery), Kimberly (Naomi Scott), Zack (Ludi Lin), Trini (Becky G) e Billy (RJ Cyler).

Se há 22 anos Kimberly era a personagem mais importante para o grupo, agora Billy é indispensável. Sem dúvidas, ele é o melhor personagem liga os pontos da história do início ao fim. Mesmo tendo consciência disso, me apaixonei perdidamente pela Trini! Além de linda, ela rouba a cena quando está ao lado da Pink da vez.

Todos os Rangers têm histórias simples, mas boas. Problemas de relacionamento e solidão são características de todos eles e isso faz com que nossos heróis se aproximem. Jason tem uma relação conturbada com o pai, Kimberly com as amigas, Zack cuida da mãe que é doente, Trini não tem comunicação em casa e Billy sente a imensa perda de seu pai, a quem era muii apegado. É exatamente esse é o trunfo do filme e o ponto chave para você se conectar com os personagens.

Para que esses jovens da Alameda dos Anjos se transformem, é necessário que eles se conheçam e confiem uns nos outros, que criem laços de amizade, deixem a insegurança de lado e acreditem em si mesmos. Sentimentos esses, vale lembrar, que sempre vemos nas séries de Super Sentai e estão também presentes nesses Power Rangers.

Depois da contextualização e apresentação dos personagens, a narrativa fica lenta e cansativa. Mais da metade do filme é dedicada à construção dos personagens. Claro que esse é um ponto muito importante, principalmente para que o filme cumpra o papel de se fazer entender sem necessidade de conhecimento prévio da franquia. O problema é que nossos adolescentes demoram demais para entrar em ação, treinam demais, vão e vem por muito tempo e isso faz com que o espectador se canse. E, quando finalmente eles se transformam e a batalha começa, o filme já está na reta final.

Outro ponto que me chamou a atenção foi a falta de lutas sem os robôs. Assim que se transformam, eles vão lutar embalados pela trilha sonora clássica (Go! Go! Power Rangers!), você se anima, começa a se empolgar! Mas quando eles chegam na Alameda dos Anjos para enfrentar o temível Goldar, a música acaba e o clima é quebrado em menos de um minuto… Extremamente broxante, ainda mais para os fãs da franquia ou da nostalgia.

A cena de transformação dos Rangers acontece somente com os Zords, assim como no filme de 1995. Após derrotar os inimigos, o filme parte logo para a última cena que é dos membros da equipe na escola. Mas não sem antes vermos Jason David Frank  e Amy Jo Johnson (Tommy e Kimberly da série original), entre os habitantes da Alameda dos Anjos, tirando fotos do Megazord.

O filme não é o melhor de todos os filmes de heróis, tem muitas falhas, mas acredito que o dever foi cumprido dentro da proposta do filme. A cena pós créditos te deixa a dúvida sobre a possibilidade de uma continuação. Ficamos na torcida para que isso aconteça!

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Vulgo Mozart Gomes é o Fundador , administrador e idealizador do Senpuu. Designer Gráfico, Mozenjaa é o responsável por todas as mudanças no layout do Senpuu, tanto as boas quanto as ruins. Fã de tokusatsu desde a era manchete, resolveu consumir diariamente todo o seu amor pelo tokusatsu, criando o Senpuu.

6 Comments

6 Comments

  1. Reinaldo disse:

    Eu não gosto de Power Rangers por preconceito mesmo. Não acompanho ainda. Mas eu fui assistir, e achei o filme absurdamente excelente! Absurdamente mesmo! Quem ver, vai se surpreender!

  2. Scott disse:

    vai ter cast sobre o filme ?

  3. Patrine disse:

    Siiiim!! Em breve 😉

  4. diego disse:

    jason david frank* e amy jo johnson

  5. Uchuu Keiji Jaspion disse:

    “A cena de transformação dos Rangers acontece somente com os Zords, assim como no filme de 1995. Após derrotar os inimigos, o filme parte logo para a última cena que é dos membros da equipe na escola. Mas não sem antes vermos Tommy Oliver e Amy Jo Johnson (Tommy e Kimberly da série original), entre os habitantes da Alameda dos Anjos, tirando fotos do Megazord.”

    Não seria correto ter colocado Jason David Frank ao invés de Tommy Oliver ao se referir ao ator?

  6. Patrine disse:

    Obrigada pelo toque, gente! Já está corrigido 🙂

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