Olá meu povo! Sei que pode parecer um pouco atrasado para falar disso, mas já que parte da chefia tirou férias, resolvi escapar um pouco também.
Não me culpem, sou só um humano, não um Ultraman! E, por falar em Ultraman, eis que vou comentar aqui sobre rapaz que sofreu mais que boi ladrão com um pai ausente e ainda maldito. Hoje a review é de Ultraman Geed.
Para começar, um aviso! Diferente de Orb, realmente é necessário ver os filmes Mega Monster Battle: Ultra Galaxy Legends The Movie e Ultraman Zero: The Revenge of Belial antes de começar a acompanhar a série. Isso ajuda muito para ter uma compreensão melhor do vilão, do Zero e a sua rivalidade.
Tem algo que eu queria falar pra Tsuburaya, logo de cara. Acho, sinceramente, que depois dessa série já deu, por hora, de Ultraman que usa os poderes de seus antecessores. Se a fórmula for usada mais uma vez pode ser tornar repetitiva então, para o próximo herói, seria interessante procurar algo diferente.
Tirando isso, gostei de como a série foi desenvolvida. Riku Asakura começou como uma criança, com sonhos de herói e se tornou algo mais do que isso, apesar de tanta porrada e patada que ele levou na cara. Se alguém sofreu nessa série, foi esse cara. O elenco de apoio em geral funcionou bem, todos com carisma e histórias que se desenvolvem bem, com destaque para a personagem da Chihiro Yamamoto que, além de ser boa atriz, sabe usar uma espada como ninguém.
No que diz respeito aos combates, monstros e diferentes formas do herói, funcionam muito bem mas, gostaria que existisse um foco maior em criar novas criaturas e só não usar as antigas. Isso sem considerar as fusões de monstros porque, vamos concordar, que elas basicamente são os mesmos seres. Não estou dizendo que essas ideias não devem ser usadas, mas tenho vontade de ver mais criaturas que complementem esse universo como as várias que foram criadas na época do Tiga, Dyna e outros.
Outro ponto que eu queria entender é porque Geed, quando luta na sua forma Primitive, parece tão estranho, como uma criança ou um desengonçado brigando. Nas outras formas ele não luta assim e não faz nenhum sentido uma fusão que junta Belial e Ultraman lutar de tal maneira.
Sobre os antagonistas, tive receio que Zero fosse um cara que acabasse roubando a cena. Por sorte, o seu co-protagonismo foi muito bem utilizado, com momentos específicos dedicados a ele. Aliás, gostei muito da maneira como ele e Geed trabalharam juntos, foi bem legal e funcionou. O mesmo podemos dizer sobre Belial e seu capanga. Na moral, que caras desgraçados! Eles são a escória do universo, duas cobras que fazem de tudo, manipulando, traindo, apunhalando pelas costas.
Kei Fukuide conseguiu fazer seu papel e me causou raiva do início ao fim. Parabéns para o ator, que realmente me fez querer odiar o cara. Belial, como sempre, continua sendo aquele monstro filho da mãe que conhecemos. Não é à toa que se tornou o grande vilão do Universo Ultra.
Analisando a série como um todo, acho que o resultado é ótimo! Apesar do final ter alguns pontos clichês e um episódio com trama boba, acho que Geed ainda conseguiu manter o padrão de qualidade dos últimos anos dos Ultra.
Adorei o desenvolvimento da narrativa e mais ainda o fato de não ter quase nenhum episódios do “monstro da semana”. Espero que ainda vejamos mais produções como essa rolando por ai no mundo tokusatsu em um futuro breve.
Muito foda a a série! Só falta agora vcs fazerem um Senpuucast hehehe…
Estamos nos dedicando para isso, Reinaldo! Esperamos publicar em breve 🙂