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Slender Man – Pesadelo Sem Rosto [Crítica sem spoilers]

Pedro Mandella 6 anos ago 0 45

Em uma remota cidade de Massachusetts, quatro amigas invocam o que parecia uma lenda, Slender Man, conhecido por aterrorizar crianças e, o que antes era uma brincadeira, se torna o pior de todos os pesadelos.

Slender Man é uma obra no mínimo interessante. Há pontos muito positivos que precisam ser levados em consideração. Vamos começar pela ambientação da história que é muito boa. O filme é escuro, propositalmente, gravado com luz fria, o que para o gênero de terror é ótimo. A fotografia se torna ainda mais linda com esse efeito mórbido e sombrio. A esfera é tensa e isso faz com que mesmo antes de uma cena de efeito o telespectador se sinto angustiado.

A trilha sonora não exagerada, é precisa e funciona, respeitando a transição das cenas. A montagem e a direção de arte são muito boas, feitas com qualidade. Das roupas às locações, tudo casa com a proposta do filme. Apesar do comprometimento nas atuações, elas não convencem muito. Podemos ver o empenho dos atores em transparecer o medo e a aflição, mas em alguns momentos é fraco e a própria protagonista deixa a desejar.

Sobre o roteiro, temos altos e baixos. A introdução é interessante, nos faz querer entender sobre a lenda e entretém. A narrativa é boa, mas deixa furos e alguns contextos são mal explicados. A ligação das amigas com a lenda, o empenho em ajudar umas as outras, a floresta, tudo nos remete aos filmes clássicos de terror dos anos 90, como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado eCasa da colina. Entretanto, esses são filmes que funcionaram em outra década e, para um filme de terror atual, Slender Man é raso, sem novidades, contagia pouco.

A narrativa vai se perdendo, o que faz com que a história fique enfadonha e o final é corrido e mal elaborado, um dos grandes problemas dos filmes do gênero atualmente, que são demasiadamente longos, com produções bonitas, propostas de roteiros chamativos, entretanto, são mal dirigidos com finais mirabolantes ou preguiçosos.

Aqui não foi diferente, conseguimos perceber as concepções, as formas com que o diretor quis enfatizar algumas ideias, mas não rolou. Algumas cenas que deveriam assustar são abobalhadas e quase beiram o engraçado, o que para um filme de terror é inconcebível.

Uma pena, se houvesse mais empenho seria uma excelente história de terror, tem elemento ótimos para isso. Não é ruim, mas não empolga, é mais daquilo que já estamos acostumados. Acaba caindo na mesmice dos filmes esquecíveis.

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Written By

Viciado em cinema desde criança, apaixonado por fotografia, café, arte, doces, frio e sextas feiras. Amante da literatura e do cinema francês.

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