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Mulher Maravilha 84 [Crítica sem spoilers]

Nickolas Xavier 3 anos ago 0 29

Finalmente chega aos cinemas brasileiros a sequência de Mulher Maravilha (2017) agora ambientado na década de 80. A diretora Patty Jenkins apresenta um filme divertido com a mesma aura do anterior, trazendo um pouco mais de leveza para os tempos atuais.

Anos 80

Antes de assistir ao filme, pelo trailer e nome, imaginei que veria algo no clima de O Jogador Nº 1, mas senti esse diferente. A ambientação da década está presente no figurino, cenários e no estilo de vida dos personagens, é nesse ambiente que se desenvolve 90% da história.

Quem viveu nesta década vai reconhecer as inúmeras piscadelas, referências e algumas piadas que Jenkins faz questão de salientar, quem não viveu consegue absorver o que precisa pra curtir o filme da mesma forma. O Interessante é que 1984 soa como futuro pra todos aqueles que estão lá, o comparativo do diálogo é com o passado, mais especificamente com 1918 o ano que se passa a história do primeiro filme.

Flashback épico com direito a Hans Zimmer

Temos a oportunidade de conhecer Diana criança, vimos um pouco da sua vida em Themyscira. Essa sequência de ação bem no início da projeção não é gratuita, tem intenção de mostrar o universo das amazonas, suas habilidades e mais importante, ela estabelece um diálogo com a construção da personalidade da nossa Mulher Maravilha algo que é abordado mais a frente na história.

A trilha de Hans Zimmer (Dunkirk) é grandiosa e traz esse sentimento épico da heroína, lindo de ser ver e escutar.

Gal é a estrela, mas e o resto?

A combinação de Jenkins e Gadot funcionou muito bem no primeiro filme e volta a funcionar agora. Gal Gadot se destacou mais em MM84 já que o roteiro permitiu que ela trabalhasse diversas emoções em situações distintas, mais complexas, sem contar que ela, por si só, é muito carismática.

Kristen Wiig (Missão Madrinha de Casamento) interpreta Barbara que tem um bom desempenho interpretando um papel mais dramático, mas poderia ter se saído melhor se não tivessem dado pra ela o arco já manjado da “Bete a feia” (Pessoa que não é feia e usa óculos, passa por uma transformação, tira o óculos e é apresentada como bonita).

Pedro Pascal (The Mandalorian) interpreta Maxwell Lord e está impecável interpretando um personagem deplorável. É bem possível que um misto de Trump e Saul Goodman tenham sido as principais inspirações do ator.

Por fim Chris Pine (Star Trek) interpreta novamente Steve Trevor que se dá bem no papel sendo a ligação entre o filme de 2017 e representando umas das motivações de Diana.

Veredicto

Todo filme de ação de um mundo de fantasia tem suas limitações e é possível perceber que alguns efeitos especiais (uma pequena parte) precisavam de mais tempo para ficarem mais críveis, alguns poderiam ter sido excluídos, mas isso não atrapalha o desenvolvimento da trama.

Mulher Maravilha 1984 é uma excelente sequência para um primeiro filme surpreendente. Apesar das restrições que enfrentamos atualmente por conta do novo coronavírus esse filme será melhor assistido numa tela bem grande de cinema e com som de qualidade.

Indico isso, mas peço toda responsabilidade e ponderação que os tempos atuais exigem.

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