Chega aos cinemas mais uma adaptação da cultuada série de games Tomb Raider. Alicia Vikander (A Garota Dinamarquesa) é nossa nova Lara Croft. Substituir Angelina Jolie (Malévola) pode ser difícil, mas gosto de acreditar que elas interpretam duas Laras diferentes e que nem cabe muita comparação.
Ao contrário da Lara de Jolie, que é baseada nos polígonos de seios avantajados, super confiante, habilidosa e heroica, a Lara de Vikander tem como inspiração os últimos jogos da franquia, menos objetificada, uma sobrevivente, que se machuca, sofre e tenta sair de todos os perrengues com muita força de vontade.
Uma história de origem
Quem for aos cinemas assistir Tomb Raider: A Origem vai se deparar com uma Lara Croft aprendendo a ser Tomb Raider, todos os elementos da jornada do herói estão lá. Nova atriz, novos games, nova Lara. Eu até gostei dessa origem, achei bem contada, bem baseada. As ações dela são justificadas assim como o treinamento prévio que vem antes da aventura.
Ação, Action, Acción
Filme de ação do começo ao fim. Mesmo antes de termos Lara como Tomb Raider, o espectador é agraciado com cenas bem coreografadas, acompanhadas de uma excelente trilha sonora. Nem todas as sequências são perfeitas, dominar a arte da tela azul e seus efeitos é tarefa árdua e cara. Algumas cenas poderiam ser melhores, mas os cortes e mudanças de câmera ajudam a resgatar os espectadores que começam a desacreditar.
Uma das coisas que me perturbou bastante, e foi possível também perceber que incomodou os outros espectadores da sala, é que em um momento Lara vê uma filmagem e escuta um gravador que estão guardados a mais de sete anos em uma caixa. E eles funcionam! Ela não troca as baterias nem pluga um fiozinho na tomada. Pô, produção, errou feio, né?! Entendo que no videogame tudo tem de parecer mais dinâmico e rápido, é tudo mais mágico. A gente releva muita coisa mas, no cinema, isso não passa despercebido e tira o espectador do filme jogando ele de volta pra realidade.
Puzzles
Uma bela adaptação dos games. É possível ver os puzzles e as cenas de ação nas quais você precisa clicar em letras ou símbolos do controle pra não deixar Lara morrer. Qualquer fã dos jogos consegue reconhecer esses desafios como uma bela homenagem. Quem nunca jogou não se sentirá decepcionado, nem toda referência precisa ser entendida para curtir um filme.
O filme é um novo recomeço para a Lara Croft nos cinemas. Vikander fez um ótimo trabalho e espero que ganhe novas sequências onde possam explorar ainda mais o talento dessa grande atriz.