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Jumanji: Bem-Vindo à Selva [Crítica sem spoilers]

Júlio Ashram 7 anos ago 1 180

Dirigido por Jake Kasdan e com Dwayne Johnson, Jack Black, Kevin Hart e Karen Gillan no elenco, Jumanji – Bem vindo a Selva acompanha quatro adolescentes de personalidades bem diferentes que, ao se meterem em confusão, são enviados para detenção (em uma alusão clara ao Clube dos Cinco) e lá encontram um videogame estranho. Depois de começarem a jogar, eles são transportados para o mundo de Jumanji e, para a sorte deles, um personagem explica o tutorial de como sobreviver e como finalizar a missão.

Logo de cara, podemos observar que o a produção busca uma atualização com o contexto atual, abordando temas como uso excessivo de redes sociais, timidez e bulling. A história chega a ser interessante mas não traz nada muito além disso. O ritmo do filme é problemático, chegando a ter cenas nas quais a piada se estende por mais de cinco minutos.

O protagonista Dwayne Johnson interpreta o papel de si mesmo, como na maioria dos filmes que participa. Com ele, o que vemos em cena é uma montanha de músculos, obviamente usando da força, fazendo “caretas” e, de longe, bem de longe mesmo, sem o carisma de Robin Williams, que deu vida ao protagonista no primeiro filme. Jack Black faz o dever de casa com as melhores cenas e o timing do ator está ótimo como de costume. Kevin Hart está à vontade no papel já que comedia é a praia dele, também com cenas engraçadíssimas.

Karen Gillan, a “única” (quem tiver a oportunidade de ver o filme vai entender o uso das aspas) mulher do grupo, é a mais superficial do elenco. Além de não ter carisma,  a personagem enfrenta problemas para acompanhar o ritmo tanto da narrativa quanto de seus colegas. O vilão, vivido pelo ator Bobby Cannavale é genérico. Não que isso seja um problema vital, já que a maioria deles é assim, mas em nenhum momento ele consegue passar um tom ameaçador.

Como não poderia deixar de ser, a obra conta com homenagens e easter-eggs relacionados ao filme original inseridos de maneira positiva. Outro ponto é a manutenção de alguns elementos do Jumanji da década de 90 que ajudam no andamento deste filme, uma vez que os elementos novos pouco funcionam no longa. Vale o destaque para a aparição de um personagem a partir da metade do filme que, infelizmente, não acrescenta nada para história e parece ter sido escalado apenas por ser um “rostinho bonito”.

Os efeitos especiais variam entre bons e péssimos. Há cenas muito mal feitas nas quais é possível perceber claramente o uso de CGI e, em contrapartida, em alguns momentos conseguem passar muito realismo como, por exemplo, na criação dos animais da “selva”.

Jumanji – Bem vindo a selva não tenta ser igual ao seu antecessor, longe disso. Porém, não acerta muito nessa nova leitura. À medida em que a trama se desenvolve, o espectador parece não estar vendo um filme relacionado a Jumanji.

Esse é o tipo de filme que nos faz pensar se é realmente necessária a produção de uma sequência do clássico e, no final, percebemos que é totalmente desnecessário. Uma opção boa para o domingão com a família mas não espere algo grandioso como o original.

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1 Comment

1 Comment

  1. Ghile disse:

    Curti bastante o filme pela comédia e imersão no universo do jogo em si. Muitas das vezes eu me perguntei o que eu faria nas situações do filme tentando me colocar no lugar dos protagonistas. Também achei que não foi um filme relacionado ao primeiro, apesar de eu não lembrar de nada do primeiro filme. Mas acho que é aquele tipo de filme que se não se chamasse Jumanji seria um filme bacana também. É o mesmo sentimento que tenho pelos filmes de Resident Evil.

    Ao contrario de você, eu achei o personagem interpretado pelo Nick Jonas Brothers bem legal. Principalmente o desfecho dado a ele. O que achei desnecessário foram as cenas do vilão tramando planos e interagindo com seus súditos. Já que a proposta realmente foi ser um game com npcs e fases, não havia necessidade de mostrar um interação do vilão já que isso raramente acontece nos games.

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