Após diversas tentativas desastrosas do cinema hollywoodiano em produzir remakes com qualidade, finalmente os fãs do clássico do terror de 1991 vão poder conferir uma honrosa homenagem. IT – A Coisa é, sem dúvida, uma obra prima do medo, assim como o primeiro. Cercado de mistério, envolvente e dramático, o longa é uma grata surpresa do gênero.
Com uma fotografia impecável, o filme se destaca pela qualidade de imagens, nuances de cores e uma excelente edição. O filme se passa na década de 80 com um representacionalismo muito forte no figurino, ambientação e soundtrack. Uma trilha muito bem desenvolvida que casa perfeitamente com as cenas, representa de forma genuína a aflição dos clássicos do terror da época.
A particularidade de cada um dos personagens e seus conflitos pessoais são muitíssimo bem introduzidos dentro do plot, somam para o desenvolvimento da história, que acontece por meio de uma direção caprichosa. As retratações diversificadas dos medos dos personagens são fantásticas. Cenas marcantes da eterna história de Stephen King como o chafariz de sangue na pia do banheiro de Bervely não decepcionaram.
Bill Skarsgård está muito confortável como Pennywise, com bastante desenvoltura que presta um belíssimo tributo Tim Curry. Bill mantém a essência do personagem e insere particularidades próprias. As crianças são divertidíssimas e as cenas de união e amizade entre elas são emocionantes, com humor e drama aplicados em doses certas.
Há quem perceba uma leve semelhança, em alguns momentos, com a série americana Stranger Things pela união dos garotos, o companheirismo, a lealdade e a inserção de uma garota em um grupo de garotos, além, claro, da atuação de Finn Wolfhard, que brilhou na série, diga-se de passagem.
O encerramento do roteiro se mantém coeso e preciso, não perde na qualidade e o filme em nenhum momento se torna cansativo. It é divertido, angustiante e nostálgico. Realmente surpreendente, vale ter na estante.