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Space Battleship Yamato – Crítica

Mozart 13 anos ago 5 7

Antes das pedras serem atiradas é preciso dizer que jamais assisti a um episódio de Patrulha Estelar e não conheço e nem faço idéia do universo da série, portanto minha análise é apenas sobre o filme de 2010, dirigido por Takashi Yamazaki.

A história do filme começa em 2199, cinco anos após o inicio da invasão dos Gamillions ao planeta Terra. O planeta é uma massa disforme de terra batida e altamente radioativo. Sua população se esconde nos subterrâneos e enfrenta uma guerra que parece não ter fim. Sem muita explicação (a primeira falha do roteiro) um objeto atinge a Terra e um coletor de sucata (sim, em 2199 as pessoas tem de viver como podem) o recupera, mesmo sendo atingido em cheio pelo objeto, o que faz seu equipamento de sobrevivência se estilhaçar. Miraculosamente, o rapaz sobrevive e entrega a liderança da Terra um objeto e sua mensagem.

 

A mensagem contém um modelo, coordenadas e uma promessa de solução para os problemas do planeta com a radiação. Tudo vindo do longínquo e misterioso planeta Iskandar.Surge então a nave Yamato, reconstruída com a tecnologia alienígena e comandada com mão de ferro pelo capitão Otaki, um veterano de batalhas. O tal coletor de sucata revela ser irmão de um capitão de outra nave que se sacrificou para salvar a antiga versão do Yamato. Num misto de raiva e vontade de ajudar a Terra, Sussume Kaito (outrora coletor) decide se alistar novamente e partir com a nave rumo ao tal planeta desconhecido.

Yamato tem efeitos visuais impressionantes, ainda mais se levarmos em conta a quantia absurdamente pequena gasta na produção do filme (orçamento estimado de 12 milhões de dólares). É verdade que eles não são a última novidade no segmento, mas não fazem feio. As batalhas espaciais têm escopo e os efeitos usados para retratar o disparo do Yamato são trabalho de primeiro nível.

 

Mas se o orçamento foi quase todo destinado aos efeitos, o restante foi mal utilizado com os atores. É impossível crer que uma nave gigantesca como o Yamato, possa funcionar com tão pouca gente a bordo. Mesmo a série Jornada nas Estrelas (a original) feita com dinheiro do pãozinho, conseguia apresentar uma maior credibilidade nesse aspecto.

É uma pena que a história tenha problemas. O maior deles é o de se levar muito a sério. Alguém podia ter avisado ao pessoal, que por mais “adulto” que a idéia fosse, o excesso de “chororô” e de despedidas dramáticas além de enfraquecerem o filme, fazem o espectador desejar estar em outro lugar, enquanto a incessante e monotemática trilha sonora ecoa pelo filme.

 

Outro problema (esse é uma questão pessoal) é que a história parece realmente ter sido feita para iniciados. O maior exemplo disso reside no personagem principal Kodai (Takuya Kimura) que parece ter uma história pregressa muito interessante, mas que o roteiro não faz a menor questão de contar, dando a entender que esse filme funcione como uma espécie de episódio mais longo (bem mais longo na verdade) da série animada, ou que tenha relação com ela. Como disse anteriormente, conheço apenas “de nome” a série e meu primeiro contato com a mesma veio por meio desse filme, mas imagino que não deva estar errado, já que o filme cita por diversas vezes o fato de Kodai ser um grande piloto, pilotar uma Cosmic Zero entre outros fatos, que indicam que sim, Yamato – o filme – tenha uma relação direta com o mangá e o anime.

Além desses problemas específicos, existem ainda os de um roteiro mal elaborado. Surgem diversos personagens em tela, todos rasos, mais que são forçosamente transformados em ago mais. O filme utiliza um recurso rasteiro, mas eficiente: mensagens para a família, o que sempre humaniza o personagem. Outra falha é o de não sabe definir um tom para sua história, que por vezes surge acelerada (nas batalhas, que apesar de bem feitas são ligeiras e não causam o efeito necessário) e outras vezes de forma lenta (o clímax do filme, uma longuíssima choradeira que não emociona ninguém, dura mais de dez minutos).

Yamato tem potencial para uma excelente aventura espacial, já que o tema e a ambientação que o cerca ajudam. Uma pena que esse filme em especial, não conseguiu nem criar uma aventura divertida e muito menos um drama sobre aqueles personagens que empolgasse o público.

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Vulgo Mozart Gomes é o Fundador , administrador e idealizador do Senpuu. Designer Gráfico, Mozenjaa é o responsável por todas as mudanças no layout do Senpuu, tanto as boas quanto as ruins. Fã de tokusatsu desde a era manchete, resolveu consumir diariamente todo o seu amor pelo tokusatsu, criando o Senpuu.

5 Comments

5 Comments

  1. Firefox disse:

    Poxa e eu esperava que nesse eles iam acertar, pois não ia ser complicado adaptar a história, mas parece que foi… infelizmente o pessoal aqui do Ocidente vai precisar usar de recursos “telepáticos” para ver esse filme!

  2. Davide disse:

    Eu assisti ao filme e posso dizer que foi uma mistureba da 1ª série de TV (a busca por Iscandar) com o 2º movie animado (Uchuu Senkan Yamato Ai no Senshitachi – Adeus Encouraçado Espacial Yamato), mas com algumas adaptações meio sem sentido…

    Por exemplo, kd os Gamillons? Foram substituídos por robôs? Fala sério! E akele Desller (Deslock pra quem viu Patrulha Estelar) de cristal foi a maior zueira feita com um dos melhores (ou diria piores?) vilões dos animes! Será q ficaram com medo de serem processados, pois como eles tinha a pele azul, poderiam estar plagiando Avatar…

    E qto ao passado do protagonista, não se preocupe, pois foi tudo inventado para o filme! Aos que ainda não assistiram ao anime, é recomendadíssimo pelo menos assistir a 1ª saga de Iscandar! Bem melhor do que isso que eles inventaram nesse Live Action…

    PS: Só corrigindo, Capitão Okita e Sussumu Kodai, e não Capitão Otaki e Sussume Kaito, como foi dito na matéria, rsrs! o/~

  3. Manoel disse:

    Cara você anialisa muito mal, tanto quanto meu português! Vamos aos fatos Yamato é baseado em uma série de animês, por tanto é impossivel você querer retratar da mesma forma a historia, e como vc mesmo disse vc não conhece o anime por tanto não faz idéia de como a adaptação realmente pode ter ficado fiel ou não a ele. Para causar um maior impacto e ao mesmo tempo surpreender velhos e novos fãs a invasão gamilon, mostrou esses seres de forma mais proxima ao que seria um filme de ficção, ou seja eles não são assim tão proximos da forma humanoide ao qual pertencemos. Mas o espirito do animê assim como a temática dos personagens está bem proxima a original. Se você é um fã do animê siga meu conselho assista esse filme como um novo segmento da historia, não o veja buscando semelhanças, sim algumas estão lá e presentes mas não para serem identicas mas sim como homenagens. Não faça comparações elas seram tolas um exemplo disso é que na materia a cima o responsavel citou a quantidade da tripulação como falha do filme, dizendo que em jornada nas estrelas se fazia referência e ter mais gente para conseguir manter a nave funcional, acontece que no momento do filme yamato em que se expressa e quantidade de tripulação não se está falando de todos que embarcaram na nave, mas sim dos sobreviventes que nela retornaram depois de varias batalhas. Não critique apenas se divirta, uma critica só é bem vinda se ela é construtiva e não desinformada. Santos Dummond teria permanecido em terra, se desse ouvidos a todas as criticas de seu trabalho e hoje todas as distãncias seriam tão grandes como a falta de fé e boa vontade das pessoas.

  4. Manoel disse:

    Interessante, quando alguém critica seu texto, vc remove se a pessoa concorda com ele vc mantem, depois diz que isso é uma pagina séria! Sei!!!

  5. Fabiano disse:

    Manuel, seu português não é ruim. É péssimo!!

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