E a praia do Japão… É muito diferente???
Fugindo um pouco do tópico “Tokusatsu”, mas ainda sim falando da Terra do Sol Nascente (e que sol!!!), que tanto encanta os fãs deste estilo de série, venho hoje compartilhar um pouco sobre a minha primeira experiência nas areias daqui.
Creio que muitos já devem ter se perguntado quanto a isso, e provavelmente tenham alguma ideia sobre, mesmo que via internet, amigos, ou como eu… via séries de tokusatsus hahaha! Isso mesmo! Me lembro de ter vislumbrado uma praia japonesa pela primeira vez em minha infância, num seriado de algum herói nipônico (Spectreman, se não me falha a memória). Mas, sei que depois desta primeira, pude ver muitas outras, na maioria dos tokus da TV MANCHETE. Você se lembra também?
Decidi então falar sobre certas diferenças existentes entre o Brasil e o Japão neste quesito abordado aqui, “PRAIA”! (vale lembrar que não são todas iguais, ok?)
Listei aqui as diferenças principais, talvez algumas delas soem como “novidade” pra vocês… ou não! Vamos lá então:
1 – Comparando-se com as praias brasileiras, aqui a areia é mais escura e grossa (em algumas outras, ainda mais). Embora muitos nem esquentem, eu recomendaria se locomover de chinelos, por ser mais grossa e cheia de pedras, o que pode irritar ou até mesmo ferir a sola dos pés, fora que, se estiver calor, vira uma brasa! Senti isso na pele!
2 – Não se vê gente nadando, só entrando na água mesmo (nem é permitido nadar). Motivo: diferentemente do Brasil, desde a encosta da praia, se vê que fica fundo rapidamente (devido ao nível elevado do mar). Portanto, é permitida a entrada dos banhistas até mais ou menos a altura da cintura.
As ondas são mais fortes, podendo arrastar as pessoas pra dentro em instantes, tornado o resgate bem mais difícil (cheguei a ver duas vezes os salva-vidas falando pra alguns japas cheios de manguaça “coragem” voltarem, por terem excedido o espaço permitido). Tá bom… Talvez nisso haja uma certa semelhança, vai!
Apesar das restrições, é permitida a entrada mar a dentro, com jet ski.
3 – É comum que você sinta pedras trazidas pelas ondas acertarem e até machucarem um pouco seus pés. Aconteceu comigo, hahaha! Muitas vezes se vê a onda escura, creio eu, devido a quantidade de areia e pedras (mas vale lembrar, que não se vê sujeira na água!)
4- Poucas mulheres usam biquíni (as que usam, geralmente tem uma cortininha na parte de baixo, ou usam um tamanho maior do que no Brasil) e, na parte de cima, sempre tem uma espuma para não se correr o risco de mostrar um mamilo saliente (mesmo que pelo lado de dentro!)
Pelo que vi, e minha esposa confirmou, 90% das adeptas aos trajes de banho são adolescentes sem nenhuma ou quase nenhuma gordurinha, pois é o padrão de beleza aqui! E, quem não se encontra neste padrão, não se atreve a infringir esta regra. As mulheres no Brasil tem muito mais liberdade sem se sentirem mal por sua idade ou físico.
5 – Ficar bronzeada não é nada bonito pras mulheres japonesas, já que o padrão de beleza é ter a pele clara (principalmente as adultas). Todas usam protetor e, mesmo assim, não ficam tanto tempo sob o sol, com exceções! (Por estética e saúde).
É comum ver mulheres com camisas de manga comprida, chapéu, casaquinhos com gorro e até mesmo calças! As que se encontram no mercado de trabalho, tendem a usar bastante maquiagem para ficarem pálidas e alcançarem este “padrão de beleza” estipulado pela sociedade, por isso não gostam de ter a pele marcada pelo sol.
Devido também ao alto índice de câncer de pele, pode se dizer que também seguem este critério por proteção. Vale ressaltar que no Japão o calor é mais intenso que no Brasil (grande parte), devido à grande concentração de umidade no ar, sendo mais danoso ainda, pelo o que pude sentir até agora. E como! Virei um verdadeiro camarão ambulante!
Quanto aos homens… Como sempre, tudo e mais fácil e aceitável! Ainda bem, hehehe! Muitos usam camiseta de banho e outros muitos nem usam. També, pelo visto, não tem restrições de se mostrarem, só em caso de terem um corpo sarado. Mas o fato é que, aqui, é bem mais difícil de se achar obesos. Os jovens são bem magros em sua maioria. E, quanto a se bronzearem, não me parece que esquentam muito.
6 – Nesta praia e em outras onde há risco de tsunami, repetidas vezes se dá o aviso aos banhistas dizendo que, ao ouvirem o alerta, devem retirar-se às pressas, o quanto antes, atentando-se apenas as pessoas da família (o que pode dar ao estrangeiro, ainda não habituado ao Japão, uma sensação de desconforto).
Pode-se ver nas fotos, ao fundo, fileiras de enormes pedras pontiagudas (como uma estrela) em diversas partes no mar e ainda mais ao fundo, longos paredões com a mesma finalidade. Tais pedras são utilizadas para a contenção de tsunami. O trágico tsunami de 2011 atingiu aqui.
7 – Pra finalizar, não poderia deixar de mencionar que aqui, não se vê sujeira (nem na água, nem nos arredores). Eles comem bastante, assim como no Brasil, e trazem animais de estimação, porém limpam tudo antes de ir embora! Mas isso não e nenhuma novidade, é?
<
E ai? Achou diferente? Qual você prefere?!
Até a próxima, pessoal!
*Fotografias e vídeo: arquivo pessoal