Olá pessoas, tudo bom com vocês?
Bom, hoje trago um tema já abordado uma vez pelos Senpuurangers oficiais. Foi um dos SenpuuCasts mais comentados de todos os tempos, todo mundo adorou, super divertido.
Já sabem de qual tema estou falando?
Acertaram os que lembraram do “A evolução das aberturas de Super Sentai” (Se ainda não ouviu, clique para conferir a Parte 1 e a Parte 2)
Vamos falar sobre a evolução dos temas de abertura dos Super Sentais, iniciando lá em Goranger até o atual que, por sinal, eu gosto muito, Toqger.
Anos 70
Nos anos 70, mais precisamente em 1975, iniciou-se a jornada das séries super sentais. Com Goranger, o mundo conhecia o que pouco tempo depois se mostrou ser uma franquia de heróis predominante no mercado até hoje.
Todos, ou grande parte dos leitores do site, sabem que os heróis japoneses foram criados para diminuir a invasão de personagens norte americanos super patriotas na terra do sol nascente.
Antes da década em questão, se tornou muito clichê os temas de tokusatsu cantados por criancinhas com vozes semitonando, mas que são bem legais de se ouvir. Eu não sei o porquê disso, mas sempre que escuto crianças cantando, eu penso: “Referência beeeeeem antiga, hein!!!”
Com o passar dos anos, a música mundial foi tomando outro formato. Para quem acha que não, os temas de super sentai são compostos em sua grande parte com base no ritmo ditado pelo contexto da época. Isso quer dizer que, conforme a história da música evoluiu, os temas dos nossos heróis coloridos também quebram essas barreiras.
O formato adotado nos anos 70 me remete muito àquele som que o Erasmo Carlos trazia para o Brasil. O Rock n’ roll da época, não necessariamente o de Goranger. “Susume! Goranger” pra mim tem um pouco da vibe Disco, com aqueles órgãos bem arranjados e uma guitarrinha dando swing.
J.A.Q.K veio na mesma vibe, só que muito mais forte, colocando nosso famoso “trompete” em evidência.
A evolução pode ser observada ligeiramente em Battle Fever J que, com MoJo soltando a voz, fez a música com um ar mais latino (não o cantor) e “inovaram” incluindo garotas (no lugar das criancinhas) cantando os refrões, assim como sons semelhantes a efeitos de games de Atari.
Anos 80
Parace que no ano de 1980, enfim eles acertaram o tom e foram em cheio na Disco da época. Denjiman, além de um vocal super forte, tem toda a essência do momento histórico, podendo ser comparado a BeeGees ou até mesmo a Roberta Kelly com seu Zodiacs.
Logo depois, aparece Akira Kushida cantando uma mistura de salsa com disco em Sun Vulcan. Um dos temas mais diferentes desse período. Kushida tem também uma forma única de apresentar as canções que interpreta, deixando basicamente, tudo o que toca, com a sua cara. O engraçado é que até no refrão ela se mostra uma música muito madura. Já a forma como ele é colocado, eu só consigo imaginar o Silvio Santos cantando aquelas músicas de comerciais do SBT.
Bom, aí em Goggle V acontece a seguinte mudança: deixamos de lado novamente o toque “Latino” focando na Disco mesmo. Só que o retorno de MoJo aos vocais me mostra um certo tom de patriotismo no tema dessa série.
A música remete muito a um Hino da bandeira com traço de marcha de exércitos. Algo do tipo.
Dynaman foi o primeiro a trazer em seu tema um grito com o nome dos heróis. Eu sinto uma pequena saída da temática Disco forte que tem os temas anteriores. Pequena mesmo, pois o baixo continua cheio de pausas ditando as regras da música.
A evolução sonora se inicia mesmo em Bioman. Começando pelo timbre*¹ dos instrumentos. A Bateria está muito mais encorpada e as guitarras foram substituídas por sintetizadores. Agora falamos dos anos 80 de verdade! Ali, em 1984, houve a primeira grande evolução dos temas de super sentais com essa canção.
No ano seguinte tivemos mais uma grande guinada em termos de ritmo. Aquilo que era “pop” até então, parte da água para o vinho com o heavy metal (claro que o dá época) com o tema de Changeman. Uma mistura braba que dita de cara o tom que a série ia ter. Aquela coisa de exército, que também só é focada no primeiro episódio, junto com as guitarrinhas solando e o BPM*² mais acelerado.
Deixamos o metal com cara de pop em 1986. Com mais teclados, Flashman dá um tapa na cara da sociedade dizendo que você pode ser rock e pop ao mesmo tempo.
Mas é em 1987 que Maskman mostra a força do rock com seu tema cantado por Kageyama (intérprete anteriormente do tema de Changeman) novamente. Eu consigo deixar essas duas no mesmo patamar de estilos.
Aí, 1988 foi o ano de novas descobertas musicais. A “pegada oitentista” nas baladas mundiais deu as caras em Liveman definitivamente. Ainda sim com um rock, mas agora com sons sintetizados também, misturando tudo. O que fica nítido em Liveman é o clip de encerramento que me lembra muito Domino Dance do Pet Shop Boys, entre outros que já vinham rolando por toda década.
Gente, é muita informação e poderia ficar aqui trocando várias ideias com vocês sobre isso.
Mas parei por aqui hoje, aconselho todos a ouvirem os SenpuuCasts, pois assim que sair a nova postagem, partiremos daqui falando do finalzinho de 80 até o término de 90.
Grato a todos que leram, deixem seu comentário, crítica, dica e, lembrando mais um vez, nada que foi escrito tem uma base científica imposta, são apenas relações e observações que fiz durante todos esse anos como fã de música e TOKUSATSU.
ashuashuashuasu
nem se compara e como eu queria ter vivido a decada de 1970… meldelsss
o mundo todo a musica era show
hj em 2014… nem sei o que se salva e talves a trilha sonora do sentai dese ano seja melhor ate msm que as coisas que toca em boa parte do mundo (inclusive aqui no brasil0 mas ñ serve nem pra limpar o microfone de quem fez historia na ja distante decada de 1970 (quem viveu intensamente isso e esta vivo pra contar ñ esquece dessa epoca nunca).
Vai no gosto isso, não é que as músicas dos anos 70/80 eram melhores, eu assisti alguns sentais dessas épocas e sempre pulava as aberturas porque eu não gosto dessas músicas bregas e sem emoção. Ok, hoje em dia não são todas as aberturas dos sentais que tem uma música boa, mas pelo menos dá para escutar né… e a do TOQger eu achei bem legal!
Sim Din, é de puro gosto mesmo. Eu também concordo. Mas também tenho q concordar com o Eduardo no seguinte fato. Ñ há uma pessoa que viveu intensamente os anos 70 que ñ tenha gostado e conte suas histórias com brilhos nos olhos.
Mas eu acho também que pelos passos da evolução da música mundial, lá pra 2020 vamos estar curtindo muito mais as músicas da década de 2000.