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Kamen Rider Gaim Review 1: Saga Beat Riders!

Senpuu 10 anos ago 8 76

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“Colha o Fruto dos Céus, para que o mundo seja moldado à tua imagem.
É a glória o que tu buscas? Podes suportar esse fardo?
Saiba que, a vida dos homens não estão sob seu controle, sequer lhes pertencem.
As correntes do Destino que nos prendem são inquebráveis.
Mas…e se esse mesmo Destino lhe escolhesse para mudar o mundo?
Para mudar o futuro?
Você não pode mudar o próprio Destino.
Mas o Destino do mundo está em suas mãos!”

 

Texto por: Raphael Soma
Originalmente postado em: nbm²~nobumami~

 
Se há uma coisa comum pra maioria dos trabalhos do Gen Urobuchi, é que ele começa com calma cada história, estabelecendo o cenário…pra depois tocar o terror em cima. E este primeiro arco de Kamen Rider Gaim é bem isso: uma apresentação do cenário onde se passa a trama e, principalmente, das dramatis personae que vão vivenciá-la.

Mas ainda assim, mesmo sendo um arco introdutório, a Saga dos Beat Riders também já trouxe muitas surpresas por si só. De longe, a forma da narrativa foi a melhor delas; Desde Kamen Rider Kuuga (2001) até Kamen Rider Kabuto (2006), a estrutura das tramas seguia de forma contínua, como numa novela. A partir de Kamen Rider Den-O (2007) elas foram divididas em histórias resolvidas em dois episódios, meio auto-contidas, ainda que seguindo um ordem cronológica. E o estilo de narrativa de novela voltou com tudo em Gaim, e foi talvez a melhor inovação, já que termina um episódio e você já está contando os dias pro próximo.

Ter uma porrada de Riders com as mais diversas motivações também é um throwback pras primeiras séries da geração da Era Heisei, em especial Ryuki; não por coincidência, justo a série Kamen Rider com a qual Madoka Magica tem mais semelhanças…

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A história acontece na ficcional cidade de Zawame, que não era nada mais que um povoado no interior, até que a Corporação Yggdrasil chegou, comprou as terras e promoveu o desenvolvimento sócio-econômico, transformando o povoado em uma grande metrópole urbana, tendo sua sede, a Torre de Yggdrasil, como um dos símbolos desse progresso. A Yggdrasil tem controle sobre todas as áreas da cidade, desde comunicações e comércio até serviços básicos como limpeza e segurança. Zawame é uma cidade totalmente planejada e regida pela Corporação, o que faz muitos sentirem-se como se estivessem em um feudo da era Sengoku…

O que faz os jovens da cidade se organizarem em grupos de street dance, conhecidos como Beat Riders. Usando a dança como forma de libertação desse sentimento de controle, esses grupos em certo momento começam a desenvolver rivalidades que começam a ser resolvidas não com batalhas de dança, mas com batalhas Pokém…digo, Invess Games.

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Usando Lock Seeds para invocar os Invess de outra dimensão, os grupos de Beat Riders começaram a resolver disputas de território (palco) com essas batalhas. Ninguém imagina de onde vem essas Lock Seeds nem os Invess, mas fica meio óbvio QUEM está por trás dessa idéia maluca de deixar adolescentes fazerem rinhas de galo com monstros vindos lá do raio que o parta…

Nosso herói, Kouta Kazuraba (Gaku Sano), foi membro de um desses grupos, o Team Gaim, até certo momento em que resolveu parar para trabalhar e ajudar sua irmã Akira (Rika Izumo, a Amy em Sailor Moon Live Action), que cuida dele desde que perderam os pais, e Kouta quer deixar de ser um fardo pra ela. Por um acaso do destino, ele acaba ficando com o Sengoku Driver que Yuuya, o desaparecido líder do Team Gaim conseguiu do suspeito Lock Dealer Sid (Kazuki Namioka, de Lionmaru G) e com ele, usando as Lock Seeds, consegue se transformar em um “Armed Rider”.

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Podendo se transformar e sair na porrada com os Invess diretamente, Kouta retorna para o Team Gaim e faz a diferença nos Invess Games, fazendo o time ir bem nos rankings. Mas outros Sengoku Drivers começam a cair na mão de mais gente…

Deixando as apresentações de lado, vamos ao tema mais interessante dessa primeira fase que, nas palavras do próprio Urobuchi, representa a “infância”: Kouta está tentando deixar essa fase, se forçando a aceitar a vida adulta. Ele volta a ter um lampejo disso quando volta pro time, mas o que ocorre a seguir faz ele ter que percorrer a estrada passando desta vez pela adolescência.

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Uma coisa que adorei já no segundo episódio é que o Urobuchi responde aquela questão que TODO MUNDO já se fez: “que legal, eu consegui super-poderes, vou melhorar minha vida usando eles o tempo todo”.

Legal, né? Só que não.

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Kouta começa a fazer a bobagem de se transformar pra tentar fazer seus trabalhos mais facilmente e acaba falhando de maneira boba. Então, resolve usar seus poderes em função do bem dos outros, em vez de ganho pessoal. E da mesma forma, acha que sua irmã vai adorar a grana boa que ele recebe por vencer nos Invess Games. Só que não; na visão dela, não é dinheiro ganho com o trabalho, mas em jogos (de azar, como bingos e pachinkos).Foi um trabalho que não trouxe benefício aos semelhantes, a não ser seus amigos do time. Pra ela obviamente não tinha valor.

Se notarem bem,não só o Urobuchi reafirmou a máxima do Tio Ben(grandes poderes, grandes responsabilidades), mas também que esforço e dedicação tem seu valor.É, ele não apenas faz maldades com meninas mágicas, mas também consegue dar lições boas para a vida. Coisa que super-heróis, por mais sombrios que sejam, podem e devem fazer.

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Este arco inicial tem justamente a questão:o que é “ser adulto”, afinal de contas?Kouta é apresentado não só a seus próprios dilemas morais, mas também as motivações dos demais Riders da série: poder (Kaito/Baron), auto-afirmação (Mitsuzane/Ryuhou), dever (Takatora/Zangetsu), e outros mais…

Aliás, tocando no assunto do Takatora, eis algo que vale notar-se: em meio a uma disputa com Kaito, Kouta vai parar na Floresta de Helheim, a dimensão daonde vem os Invess e Lock Seeds. Lá, ele acaba encontrando com Takatora, que sem muitas explicações dá uma coça sentida nele, e uma surra pra ser maldoso mesmo, deixando o guri cagado de medo…

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É o momento em que Kouta se toca que o que está rolando NÃO É brincadeira, e ele sente que poderia ter morrido, sozinho, sem ninguém saber aonde ele estava, É um dos sinais do fim da infância,reconhecer que a vida pode ter um fim subitamente, e de uma maneira nada heróica

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É, bem por aí mesmo. E quanto aos demais Riders? Claro que preciso falar um pouco deles.

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Kaito Kumon (Yutaka Kobayashi): Kamen Rider Baron. Líder do Team Baron, rival direto do Team Gaim, é alguém que segue a lei da selva; os fortes vivem e os fracos perecem. Não é lá alguém que se pode dizer que é “do mal”, mas segue a filosofia da força. Da mesma forma que Kouta, ele não se nega a ajudar os outros, mas nunca deixa de lado a sua busca por poder. Mas, mesmo nessa busca, ele não é do tipo que se embriaga no que consegue.

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Mitsuzane “Micchy” Kureshima (Mahiro Takasugi): Kamen Rider Ryugen. Membro do Team Gaim, e irmão mais novo de Takatora, fato que esconde dos seus amigos da mesma forma que esconde do irmão que faz parte de um time de Beat Riders. Mesmo com essa cara de viadinho, nota-se que ele tem uma queda pela Mai, e tem também uma mente genial por trás desse chassi de pernilongo.

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Takatora Kureshima (Yuki Kubota): Kamen Rider Zangetsu. Irmão mais velho de Micchy. Membro do alto escalão da Yggdrasil, e está bem a par das razões de distribuírem Lock Seeds e Sengoku Drivers pela cidade. É um cara austero e com senso de dever.

Há mais alguns Riders que aparecem na série nesta fase, mas que não tem a importância destes quatro, ao menos por enquanto:

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Ryouji Hase (Atsushi Shiramata): Kamen Rider Kurokage. Líder do time Raid Wild. Um bucha.

Hideyasu Jounouichi (Ryou Matsuda): Kamen Rider Guridon/Ornac: Líder do time Invitto. Dois buchas.

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Oren Pierre Alfonso (Metal Yoshida): Kamen Rider Bravo. O primeiro Kamen Rider gay FOR REAL, não com cara de viado como a maioria dos atores. Um homossexual, bem putão mesmo! Só que em vez de borracharia, ele é um patissier. Só que esse é o tipo Badass Gay; foi treinado na Legião Estrangeira da França, ganhou a cidadania francesa (ou seja, foi a partir desse momento que ele estourou o ventio) e é um soldado tarimbado, dando surras homéricas nos demais Beat Riders.

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Mai Takatsukasa (Yumi Shiida): Não, ela não é uma Rider. Mas é uma personagem que tem importância não só por estar ligada a três dos Riders (Kouta, Kaito e Micchy), mas pela misteriosa semelhança com a “Mulher do Princípio”(Hajimari no Onna) que aparece desde o primeiro episódio…

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…e cujo fato de ser uma personagem feita pela mesma atriz NÃO é pra ser desconsiderado, como se não fosse óbvio. A garota de branco apareceu pra cada um dos três, com mensagens crípticas que podem (ou não) ter a ver com o que ocorre mais pra frente…

Resumindo até agora: os onze primeiros episódios são mais pra apresentar o status quo inicial. Eu queria me estender mais, mas não tem muito a se dizer sem referenciar coisas futuras. Da mesma forma, o Urobuchi começa a dar nesse arco algumas leves pinceladas do que ele queria fazer no resto da série. A Saga dos Beat Riders realmente é uma “infância”, sendo um arco mais leve em relação ao que ocorre nos demais…

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Well, SABEMOS MUITO BEM o quanto ele é capaz. E fazer a Toei aprovar um Kamen Rider gay foi a coisa mais fácil que ele fez, nem conto de como ele conseguiu deixar certos eventos mais violentos em Gaim (que passa domingo de manhã) do que em Garo (que rola no slot da madrugada)…

Nem conto agora; conto semana que vem, com o segundo review, da Saga Yggdrasil!

E a OP de Gaim é ainda mais poderosa em performance ao vivo!

DON’T SAY NO! JUST LIVE MORE!!!

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8 Comments

8 Comments

  1. Aaron Luercio disse:

    Mais um do qual me tornarei viúva. Maldita TOEI, hauhauahuahua! =/

  2. Tio_Panda disse:

    Caramba, muito bom review/análise!!! Qualidade nível Senpuu! Por isso que eu amo esse site!!
    Os sites gringos são muito frios, só dão a noitícia e ponto… No Senpuu tem análise, comentário, opinião, fora a quantidade de posts próprios ou não ligados diretamente ao Tokusatsu (como os de anime ou crossovers/Versus), enfim!!

    Valeu Senpuu por trazer esta matéria, agora tô ansiosa pela continuação! XD

  3. Gilmar Oliveira disse:

    Gaim é incrível! Está no meu top 3, junto com Blade e W. Se o final for bom, ficará em primeiro!

  4. Victor Hugo disse:

    Tem Spoiler até qual episodio da serie ?

  5. Vinícius Gabino disse:

    Gaim nem acabou mas deixou saudades, Gen seu lindo obrigado por fazer o meu Rider favorito, sendo meu primeiro talvez esteja sendo um pouco imparcial, apesar de ter visto Den-O, Kiva, Black, Decade enquanto acompanhava o Rider Laranja, acho que me apeguei mesmo a ponto de defender ferrenhamente contra qualquer ofensa pelo motivo de respeito por ser meu primeiro Rider, sentimento semelhante que tenho por Timeranger meu primeiro Sentai, há quem ache defeito, mas eu não encontro.Espero que Drive consiga me prender do mesmo jeito, a ponto de contar as horas para assistir o novo episódio da semana

  6. Patrine disse:

    Ei, Victor Hugo!

    Neste post, o Raphael abordou coisas dos 11 primeiros episódios da série.

    Abraço!

  7. W-chan disse:

    Sugoii!!!! analise perfeita! comecei a assistir Gaim semana passada e acabei de passar por esta primeira saga. muito boa. eu amo o Takatora ? *apanha*

  8. Din disse:

    ai meu deus, brasileiro e sua mania ”cara de viadinho”

    EU CURTI MUITO O GAIM, quem diria que esse rider iria ficar tão bom e ainda que tinha muita gente aí tacando pedra antes da série começar hein,hein kkkkk

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