Street Fighter Assassin’s Fist [Review]

Fala trupe! Este mês estreou a webserie Street Fighter Assassin’s Fist (no bom português, “Punho Assassino”), que narra o inicio do treinamento de nossos protagonistas Ryu e Ken. A obra também foca no passado e presente dos personagens Gouken, mestre da dupla e Gouki, conhecido também como Akuma.

Essa nova série de Street Fighter chega a ser um presente para todos os fãs  e também para amantes de do gênero ação/luta. Joey Ansah, ator que  participou de “O Ultimato Bourne” dirige a série, mas vale lembrar que tudo começou com um projeto em 2010 também dirigido por ele e chamado Street Fighter Legacy.

Um fan curta que mostrava o combate em uma floresta entre Ryu (na época Jon Foo) e Ken (Christian Howard, que continua no papel). Após o sucesso dessa produção, os fãs começaram a pedir por uma série derivada disso e Joey, buscando recursos e até pedindo contribuições dos seguidores da franquia conseguiu verba e licenciamento da própria Capcom (criadora do game Street Fighter) para poder fazer uma websérie.

O resultado ficou surpreendente porque, mesmo conhecendo a história do jogo como muitos já conhecem, essa nova obra faz um trabalho tão pleno e respeitoso ao original, que chega ser  um presente para nós que não tivemos sorte com live actions como o sofrível “Street Fighter A Útima Batalha” (sim, aquele do Van Damme) e “Street Fighter A Lenda de Chun-li” (que consegue ser pior que o primeiro).

Com uma trama bem elaborada , fiel ao game, e com personagens marcantes inclusive alguns atores japoneses veteranos como Togo Igawa (47 Ronin), Hal Yamanouchi (Wolwerine Imortal) e Akira Koieyama (também de 47 Ronin) este último que faz um trabalho excepcional como mestre de Ryu e Ken, nos trazendo um Gouken ao mesmo tempo rígido e que age sempre como um bom pai e compreensivo para os jovens guerreiros.

Nos é mostrado o período de treinamento dos jovens irmãos Gouken e Gouki. Gouken um jovem disciplinado e obediente já Gouki impulsivo e determinado a aprender as técnicas proibidas do punho assassino chamadas de satsu no hado. Após usar essa técnica no irmão e insistir com seu mestre Goutetsu que somente assim poderia se tornar o verdadeiro guerreiro, ele é expulso do dojo onde morava, jurando que iria se tornar o guerreiro perfeito.

E quanto a nossos protagonistas? Ryu e Ken são apresentados ainda adolescentes, Ken sempre debochado, brincalhão e Ryu diciplinado e determinado, mas outro ponto forte da trama é focar na individualidade de cada um. Uma jogada de mestre da direção é, em determinado momento inverter o jogo. Ou seja, Ken, que no início não estava ligando para seu treinamento e quer voltar pra casa e tornar-se um aluno impecável e obstinado a trilhar o caminho do guerreiro, já Ryu começa a ter exitações e sente que algo estranho está pra acontecer em sua vida.

Chega a ser quase inacreditável a fidelidade que a série mantém com jogo, mas ressalto que boa parte da trama foca em um OVA de Street Fighter (principalmente a história de Gouken e Gouki), Street Fighter Generations de 2005. A luta de Gouki contra Goutetsu é praticamente igual à do anime e até as roupas casuais de de Gouken são parecidas nas duas mídias.

Joey Ansah foi inteligente fazendo um estudo dos OVAs e jogo oficial, soube acrescentar cada coisa de forma brilhante. Interessante algumas alterações como, na trama oficial Sayaka, é sobrinha do mestre Goutetsu, já na série é filha dele. Acrescentou ainda mais dramaticidade à história de Ken, mostrando como ele foi parar no dojo e porque seu pai tomou tal decisão.

Agora, as outas coisas foram mantidas e respeitadas ao pé da letra. Uma webserie de 12 episódios fantástica. Quem gosta da franquia pode se sentir aliviado e respeitado por uma obra finalmente atingir as expectativas.

O que o futuro de Street Fighter Assassin’s Fist nos reserva? Ainda é cedo pra falar, apesar da excelente crítica que vem recebendo, não se sabe quanto a uma segunda temporada, mas por já ter vários acessos no Youtube, com certeza será lançada em vídeo. Podemos ficar esperançosos quanto a isso.

Torço para que dê tudo certo para essa nova franquia, parabéns pela iniciativa da produtora e vida longa para Street Fighter Assassin’s Fist!