Era noite de sexta-feira quando Adam Moom pegou sua mochila, o violão e partiu em busca de uma vida diferente. Deixar amigos, infância e família era algo penoso para ele, mas era o seu destino. Ele tinha medo, angústia e ódio no coração. Não era fácil para um garoto de 17 anos lidar com a morte da mãe e em pouco tempo ter que escutar o próprio padrasto tramando o assassinato do enteado. Seu caminho era mesmo longe daquela cidade do interior.
Com pouco tempo em Santa Mônica, Adam já se ajeitava como podia, divida um apartamento com um colega de bar e ganhava dinheiro tocando nas ruas. Sua vida era simples mas era melhor do que correr riscos em sua cidade natal.
Certa noite, o rapaz estava na praça central de Santa Mônica tocando por diversão e um conglomerado de pessoas se amontoava próximo a ele. O dom do jovem com o violão era incrível e impressionava a todos que passavam. Foi com uma belíssima música que Adam conseguiu atrair Letícia. A garota morena, era uma das mulheres mais lindas que ele conheceu em toda sua vida. Trajava um vestido longo e bem solto mas que demonstrava todas as belas curvas da moça. Ela possuía um rosto delicado, olhos castanhos e um cabelo incrivelmente ondulado que pareciam de boneca. Era impossível não se apaixonar por Letícia.
A noite foi se estendendo e ao cair da madrugada muitos se dispersaram e Adam se preparava para ir embora, mas sempre olhando para a bela Letícia que o observava. Depois de guardar seu instrumento e recolher o dinheiro arrecadado Adam caminha em direção a bela garota.
– Essa noite é a mais linda que já vi! – disse Adam começando seu flerte.
A garota somente deu um sorriso e não pronunciou palavra alguma.
– Qual o nome dessa joia maravilhosa que encontrei perdida em uma praça repleta de boêmios?
– Sou Letícia, e qual seu nome artista de rua?
Adam da uma saudação como se estivesse no século XV.
– Sou Adam Moom o “Errante”, mas pode me chamar somente de Adam, se assim preferir.
– Errante, interessante…
Ao logo da madrugada os dois conversavam como se compartilhassem dos mesmos gostos, era nítida a atração de Adam por Letícia, e a linda garota notava e usava essa arma ao seu favor. Adam depois de bastante tempo conversando não se conteve e sem dizer uma palavra beijou Letícia que não reagiu de forma ofensiva e simplesmente cedeu ao charme do jovem errante. Depois do beijo ambos começaram a trocar carinhos no banco da praça, e quando já passavam das três da madrugada Letícia disse que tinha que ir embora.
– Mas já, fique mais, vamos para outro lugar! – disse Adam não acreditando que a mais linda garota iria embora.
– Eu queria ficar mais, só que não posso, depois nos encontramos novamente.
– Quando? Me passa seu número de telefone.
– Amanhã nos encontramos aqui, no mesmo horário, pode ser?
– Pode, mas me passa seu número.
Letícia, coloca as mãos delicadas na cintura de Adam e o beija com toda sensualidade que possui.
– Amanhã te vejo aqui lindo errante!
E assim Letícia partiu deixando Adam sozinho na praça, ele ainda foi atrás dela, e segurou seu braço.
– Não vou deixar uma garota ir embora sozinha essa hora da madrugada.
Após dizer isso cerca de oito moradores de rua aparecem rodeando o casal, alguns armados com bastões de madeira e outros com correntes. A expressão serena e tranquila de Letícia muda completamente, agora ela esta apreensiva e com um olhar ofensivo. Adam levemente leva à mão a cintura como se fosse pegar algo.
– Peguem eles! – diz um dos moradores de rua, o único desarmado entre eles.
Os outros sete avançam para atacar o casal, Letícia salta e com um chute golpeia um deles diretamente no peito com o pé esquerdo que cai pra trás, ainda no ar ela estica a perna direita e chuta a cabeça de outro que cai. Adam se espanta, e é surpreendido por um atacante, ele agarra ele pelo braço e o joga em uma queda diretamente ao chão. Letícia começa a atacar os inimigos enquanto Adam a ajuda como pode. O morador de rua que deu a ordem e até o momento estava apenas observando corre em direção a Letícia e golpeia com um soco direto em seu rosto, ela cambaleia para trás e ele desfere outro, outro e outro. Adam tenta proteger a Letícia, corre em direção pronto para golpear o inimigo com um chute, mas em vão. O homem pega Adam pelo pé, o ergue e arremessa diretamente no chão, onde Adam cai inconsciente.
Horas depois Adam acorda em uma cama de hospital, ele tenta se levantar e nota que sua cabeça esta enfaixada e dói muito. Ele se esforça e despenca da cama direto no chão, produzindo um barulho alto. A porta do quarto se abre e uma enfermeira chega e o levanta.
– Não faça esforço, o senhor levou uma pancada muito forte na cabeça e ficou desacordado por horas, é melhor descansar mais um pouco.
– Quem é você? Onde estou?
– Calma senhor, por favor se deite, ainda não sabemos se o desmaio e a pancada provocaram danos ao seu cérebro.
– Ai porra, que merda é essa!
– Vou dar um calmante para o senhor para relaxar mais um pouco.
– Não, você não vai me dar nada, quero sair daqui.
A enfermeira entrega um comprimido para Adam e um copo com água e em seguida sai da sala. Adam toma o remédio e começa a olhar em volta e tenta recordar de algo, mas ele só se recorda da luta contra os moradores de rua e de ser arremessado pela perna e cair com a nuca no chão. Alguns minutos o remédio começa a fazer efeito e Adam cai no sono.
– Que bom que acordou estava preocupada com você!
Adam abre os olhos e vê em sua frente aquela linda garota que estava com ele a horas atrás.
– Letícia? Como você esta, se machucou?
– Mesmo em uma cama de hospital você se preocupa comigo. É maravilhosa essa preocupação que você tem pelos outros.
– Naaão posso deixar que uma linda mulher como você se machuque. Afinal de contas, o que aconteceu?
– É uma história longa, mas vou te contar. Aqueles moradores de rua, não eram necessariamente moradores de rua, eram humanos remodelados.
– Humanos o que?
– Humanos remodelados, são uma espécie de ser humano modificado geneticamente e produzido em série para unicamente realizar um tipo de trabalho. Eles são clones com intelecto reduzido para serem domesticados.
– Cê deve tá de brincadeira não é?
– Não é sério mesmo. São cientistas que criaram esses humanos remodelados chamados Neo-human. Esses Neo-human são usados como batedores e força militar dessa organização. No caso eles estavam a procura de cobaias e por sorte ou azar eles esbarraram com nós.
– Mas o que aconteceu com eles, eu desmaiei e não sei o que pegou?
– Eu destruí sete deles o líder fugiu pois estava em desvantagem.
– Destruiu como, você os matou?
– Sim, teoricamente a mídia registrou como uma briga de gangue que resultou em sete mortos. Depois eu fugi de lá rapidamente com você e viemos para cá.
– Esse hospital?
– Não estamos em um hospital, estamos na nossa base, aqui estamos seguros.
– Base, que tipo de base, uma base militar?
– Mais ou menos, essa base é de uma organização que trabalha única e exclusivamente com ataques desses Neo-human e outras obras de arte deles. Os cientistas da Blade, esse é o nome da organização que criou os Neo-Human, trabalham para ter o controle mundial através do dinheiro, eles compram grandes empresas, investem em pesquisa, causam guerras, escravizam pequenos países e trabalham em vírus e bactérias para o mundo ficar a mercê deles. Mas tudo é ofuscado e deturpado pela mídia, e chega até seus olhos e ouvidos de outras maneiras.
– Caralho, se isso tudo for verdade até parece um filme.
– Quem dera fosse um filme, infelizmente é a pura é verdade.
– Se pelo menos eu pudesse ajudar você de alguma maneira.
– É claro que pode!
ei mozenjaa, num vai ter pra download em mp3 esse episódio dos sobarangers???
Marcelo o Sobaranger: A Origem é só em formato de fanfic mesmo, a ideia é complementar a história do Sobaranger original, contar um pouco sobre cada personagem.
Já esta no forno o segundo episódio!
opa!!! tem previsão de qdo sai pra baixar???
Ainda não!