A segunda criação da carreira de Alex Raymond, Flash Gordon, surgiu de um concurso realizado pela King Features para criar um personagem que fosse competir com Buck Rogers e Tarzan.
Logo após vencer o concurso, Alex começou a desenhar o Agente Secreto X-9 encomendado também pela King Features para abrir concorrência contra Dick Tracy. Bom, alguns de vocês podem estar se perguntando que HQ’s são essas e o que isso tem a ver com os temas normalmente abordados aqui no site.
Eu também me pergunto e a resposta está em fatos que começaram no ano de 1934.
A revista em quadrinhos começou a ser publicada em 1934. Flash Gordon teve uma série baseada nas publicações de papel com 13 capítulos em sua “primeira temporada” que foi ao ar em 1936, tendo duas continuações, uma em 1938 e outra em 1940.
Aqui no Brasil, o primeiro capítulo chamado “Flash Gordon no Planeta Mongo” foi publicado no jornal A Nação, também em 1934. Já em 1987, a Editora Brasil-América (EBAL ) publicou uma edição que comemorava os 50 anos da revista original.
A história do herói começa quando o zagueiro de um time de futebol americano Flash , o cientista Dr. Hans Zarkov (expulso da NASA por ser considerado louco) e a agente de viagens Dale Arden vão ao planeta Mongo com o foguete construído por Zarkov, para impedir que a Terra seja destruída pelos ataques do cruel imperador Ming.
Até aí, temos um roteiro básico de histórias de heróis, inclusive bem parecidas com a dos nossos queridos tokusatsus.
Ao chegar neste planeta estranho, os três fazem amizade com o príncipe Barin sua noiva Aura (filha de Ming). Barin é o herdeiro legítimo do trono que Ming tomou à força e, a partir daí, Flash começa a ajudá-los a recuperar o lugar que lhes é de direito.
Em 1980 uma outra adaptação foi lançada. O filme “Flash Gordon” teve direção de Dino de Laurentiis, tendo como protagonista Sam J. Jones, Melody Anderson no papel de Dale Arden, Chaim Topol como Dr. Zarkov, Max von Sydow interpretando Ming, Timothy Dalton como príncipe Barin e Ornella Muti dando vida à Aura.
A produção foi um sucesso de bilheteria, sendo que o êxito é associado também à trilha sonora composta por ninguém mais ninguém menos do que a super famosa banda QUEEN!
Outra mídia conquistada por flash foi a dos desenhos animados. Em 1979, a produção foi ao ar com o nome “As Aventuras de Flash Gordon” e, em 1986, Flash fez uma participação no desenho “Os Defensores da Terra”, lutando com seus companheiros do King Features Syndicate, Fantasma e Mandrake.
Em 2004, Stephen Sommers, diretor de “Van Helsing” e “A Múmia”, comprou os direitos de filmagem de Flash Gordon.
Três anos depois, o Sci-Fi Channel exibiu uma nova versão do personagem pra série de TV. Dessa vez, o ator Eric Johnson é Flash e contracena com Gina Holden no papel de Dale Arden e Jody Racicot como Hans Zarlov e o inimigo Ming é John Ralston. A única temporada da série foi ao ar em agosto de 2007, num total de 22 episódios.
É impressionante como um único personagem pode ser visto de tantas maneiras diferentes e gerar uma quantidade de adaptações tão grande. Sem entrar no mérito da qualidade delas, mas acredito que um herói que é tão explorado em mídas tão variadas, é porque provavelmente tem uma base interessante e que chama a atenção.
Tive o prazer de assistir o filme desse clássico e, apesar dos efeitos de 1980 (que quase sempre ficam meio datados), achei o roteiro bem elaborado e bem atual, por assim dizer.
Espero ansiosa por uma nova produção de qualidade. Enquanto isso, fiquem com o trailer do filme:
O filme de 1980 é um clássico , ainda mais com a trilha do Queen .
O desenho produzido pela Filmation em 1979 é ótimo . Inclusive , servindo de base para a animação de He-Man .
Há anos circula essa história de uma nova adaptação em Hollywood , mas até agora nada . Mas agora , com os filmes de super heróis mais em alta do que nunca , quem sabe …
Outro dia tava passando todos os filmes dele. É bem louco.
Giovani, eu também tenho esperanças quanto a uma nova produção xD Compartilho dessa vontade. Destruidor1890 é realmente muito bom.
Quando eu assistia o desenho da Filmation, ele passava aos domingos na rede Globo. Praticamente é contemporâneo do filme de 1980 que na verdade era dirigido pelo Mike Hodges, pois o Dino De Laurentiis era o produtor. O desenho era uma clássica produção do Lou Scheimer, enquanto o filme tinha um ar nitidamente teatral. Essas duas produções, a despeito de qualquer limitação técnica da época são completamente vintage, o que as põe num patamar inigualável. Embora tenham sido produzidas no final da década de 70, elas resgatam intencionalmente o clima noir dos anos 30 e das décadas posteriores em que as histórias do Flash Gordon eram correntes. São bons tempos que não voltam mais, mostrando realmente que o glamour do século XX não passou pra cá e isso é irremediável. Um aviso pra quem tiver a pretenção de repetir a dose com uma nova produção hollywoodiana onde todo mundo se veste de preto e as cores foram claramente censuradas.