O Conto da Princesa Kaguya, filme dirigido por Isao Takahata, co-fundador do nosso querido Studio Ghibli e parceiro do mestre Hayao Miyazaki, conta a história de um casal que vive na floresta e descobre, dentro de um fluorescente broto de bambu, uma pequena princesa. A princesinha se transforma em um bebê e logo em uma mulher de magnífica beleza. A parir desse ponto, o “bambuzinho” irá começar sua jornada, levando ao encanto, magia e o dever.
Não falarei mais sobre o filme para não estragar a surpresa de quem for assistir mas, como toda obra do Studio Ghibli, a história da princesa é baseada em um dos contos mais antigos do Japão, o “Conto do Cortador de Bambu”, em uma adaptação sensível e, ao mesmo tempo, grandiosa pela narrativa contada de forma brilhante.
Com uma animação única, passagens belíssimas e, o melhor, mensagens passadas de formal sutil. Uma obra obrigatória para todos os fãs de animações japonesas, que se firma como todas as produções do estúdio, consagrado ao longo dos anos, tendo levado outras obras à indicação ao Oscar como: A viagem Chihiro, Vidas ao vento.
E por falar em Oscar, hoje em dia chega a ser normal e previsível a Academia premiar somente animações voltadas ao público infantil, principalmente obras dos estúdios Disney. Não que esteja totalmente errado, já que é pioneiro no universo da animação e muita de suas obras são merecedoras de tais prêmios. Porém, ignorar totalmente o fato de o brilhante O Conto da Princesa Kaguya ser bem superior a Operação Big Hero 6, o vencedor da noite passada, chega ser piada (sem graça, por sinal).
Outras obras da Terra do Sol Nascente já foram indicadas como: Ghost in the Shell 2: Innocence, As leis místicas, Tsukomo, entre outros. Nós que gostamos de cultura japonesa logo torcemos para que algum desses filmes vença o mais cobiçado prêmio do cinema mas, graças à crítica “masturbatória” dos Estados Unidos, isso dificilmente acontece.
Não importa o quanto à obra seja grandiosa, ela irá perder pra algum desenho “fofo” da Disney. Isso não acontece apenas com animações japonesas, mas também com outras de diversos países, inclusive o Brasil, que teve participação entre os indicados com Uma História de Amor e Fúria.
E você? O que acha sobre as animações que concorreram? Alguma preferida? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre outras obras que deveria levar o pleno.
Big Hero é legalzinho, e bem clichê nos padrões de animação da Disney. Mas, o Conto da Princesa kaguya merecia o Oscar é um filme envolvente, e com certeza os brasileiros irão amar este filme.