Adeus, Naruto

Fala trupe, hoje em clima de despedida, vamos falar de Naruto, obra criada originalmente para o mangá de mesmo nome, lançado em 1999. Embora Masashi Kishimoto, criador da obra, já ter publicado uma primeira versão de Naruto em 1997, essa era centrada em magias e não ninjas como foi a versão final. Quinze anos após o lançamento, o pequeno ninja de cabelos amarelos e determinação única encerra suas aventuras deixando saudade e um legado.

Naruto quando lançado, nos apresentava um garoto que sonhava em se tornar o maior ninja da vila, que recebe o nome de Hokage, e ser reconhecido já que, na época era menosprezado por muitos por carregar dentro de si a Kiub, raposa demônio de nove caldas que tempos atrás destruiu a vila de Konoha, onde ele vive. O pai de Naruto, o quarto Hokage Minato Namikase, combateu esse mal e aprisionou metade da Kiub em si e outra metade em seu filho. Com essa narrativa, começa a jornada do personagem, tentando mostrar seu valor.

No início, vemos um Naruto inseguro, atrapalhado e até mesmo não muito forte em relação a seus amigos, mas com o passar do tempo, ele se torna um poderoso ninja. Na primeira fase da animação, que foi de longe a melhor, temos um sucesso não só no Japão, como em vários países. Uma história bem elabadora, com personagens carismáticos e vilões cativantes, Naruto seguiu uma fórmula perfeita e chegou até ser por um momento o mangá/anime de maior sucesso nas terras nipônicas, inclusive considerado como o novo Dragon Ball. Mas nem tudo são flores…

Depois do término da belíssima primeira fase da franquia, entraria Naruto Shippuden, um novo arco, mostrando os personagens dois anos mais velhos e os caminhos separados de Naruto e de Sasuke, seu amigo e eterno rival. No início de Shippuden já é possível perceber uma carga dramática maior. O protagonista está obcecado em tentar trazer seu amigo de volta, uma vez que este se perdeu e se torna um vilão. Essa fase teve seus altos e baixos e com o passar dos capítulos, nota-se que a qualidade foi se perdendo. Ao chegar na parte da Guerra Ninja, Kishimoto começou a perder a mão, enchendo as páginas de enrolação, o que resultou em vários furos, uns até mesmo gritantes e, pior de tudo, fazendo com que a história ficasse fraca.

Em uma entrevista, ele disse que não queria envolver Naruto na Guerra Ninja mas, por imposição da editora, teve que acrescentá-lo, o que nos faz pensar que, se ele realmente tinha essa ideia, possivelmente teríamos uma terceira fase de Naruto pós-guerra.

Claro que, pensar em um fim diretamente seria ingenuidade nossa, já que além do filme confirmado para 2015 no Japão, Naruto – The Last, virão mais jogos, spin-offs e por ai vai. Vale destacar ainda vários OVAs, filmes, games, jogos de tabuleiros, roupas, entre tantos outros produtos da franquia que foram e ainda serão lançados ao redor do mundo.

Naruto deixa um legado para nós, fãs, e quem não assistiu, confira porque vale a pena! Particualmente tenho um carinho muito grande pela obra que conheci em 2005 durante um evento de anime. Não entendia quem eram aquelas pessoas usando uma certa bandana com um símbolo e, ao descobrir, mergulhei durante quase dez anos na aventura do ninja mais foda de todos.

Confesso que senti algo estranho com o fim, mesmo já não gostando tanto da história como antes, mas foi como um fim de relacionamento, teve seus altos e baixos mas no final fica uma saudade. Obrigado, Kishimoto, por nos manter entretidos durante quinze anos, por nos mostrar que todos podemos ser especiais e que ninguem nasce sob estrelas de azar e sim podemos conquistar nosso caminho com trabalho duro e com determinação. Arigato Gozaimasu.

E, quanto a você, Naruto, a gente se vê! Dattebayo!