Devilman Crybaby [Review sem spoiler]

Olá, meu povo.

Hoje trago pra vocês algo diferente. Um amigo me falou a algum tempo para assistir um anime bem diferente que estreou naquele serviço de filmes online que não vou falar o nome aqui porque não estão pagando a gente, ainda. Com o Carnaval, eu fiquei em casa, então aproveitei para conferir a indicação e agora dou a minha opinião e análise sobre Devilman Crybaby.

Antes de qualquer coisa, o principal a ser dito é que, se você tem menos de 18 anos, não é aconselhável assistir a série. E eu sei que um bando de jovens vai ignorar isso mas vale a pena avisar. O anime possui cenas fortíssimas de violência, sexo explícito e várias pontos polêmicos com relação a religião. Portanto, quem não tem contato com produtos que envolvem tais assuntos, é melhor manter a distância. Aviso dado, vamos para a análise.

Para quem não conhece, Devilman é uma obra do mangaka Go Nagai. Pelo o nome é possível imaginar que o negócio é, no mínimo, polêmico. E quem pensou isso está mais do que certo. A obra original é extremamente criticada por abordar assuntos muito controversos para sociedade, além de ser mega violenta. O autor, inclusive, foi ameaçado inúmeras vezes, mas isso não o impediu de terminar seu trabalho.

Eu já li a obra original e acredito que deve ser lido por pessoas de mente aberta, na tentativa de entender a proposta. Com apenas 10 episódios de pouco mais de 20 minutos de duração, a nova animação é boa, uma vez que adapta o original, mantendo essa premissa básica, porém trazendo pros dias atuais.

Por ser curta, é possível maratonear e assistir de uma vez tranquilamente, apesar de que, para mim, somente partir do quarto episódio a coisa começa a engrenar. A história principal em si funciona porém, certos detalhes na trama geral são meio mal explicados, o que pode deixar o espectador um pouco confuso sobre o que está acontecendo.

Os personagens são o que realmente nos prendem à narrativa, principalmente Akira e Ryo, que são os grandes protagonistas de tudo. Eles conseguem manter o interesse do público mesmo que a qualidade do traço varie um pouco. Aliás, para mim esse é o maior problema. O traço é simples, mas funciona. No entanto, em alguns momentos ele cai de qualidade e isso atrapalha a animação, deixando as coisas confusas.

A trilha sonora é bacana, com destaque principalmente para a nova versão da música tema, que ficou muito viciante. Já o roteiro é ok, com personagens que valem a pena conhecer e, o principal, uma temática diferente para refletir e pensar.

Com uma proposta ousada acredito que o produto final apresentado foi bom. Mexer com essa obra sempre tem consequências devido a certas repercussões mas, no final, temos um 27.