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Kingsman: O Círculo Dourado [Crítica sem spoilers]

Nickolas Xavier 7 anos ago 0 1

Expectativa is a Bitch!

Não há como negar que o primeiro Kingsman surpreendeu muita gente. Eu fiquei maluco depois de assisti-lo, imaginem minha felicidade quando anunciaram a sequência. O primeiro filme tem cenas de ação super bem coreografadas, uma premissa divertida, sequências absurdas e deliciosas (cena da igreja o.O). Tudo conspirava para que O Círculo Dourado fosse outro arrasa quarteirão mas, FUEN! Preferia ter ido assistir ao filme do Pelé!

Universo expandido

Além dos almofadinhas ingleses membro dos Kingsman, somos apresentados nesta sequência aos barulhentos e inconvenientes americanos membros de uma agência similar chamada Statesman. Foi bem divertido ver esses novos personagens, suas novas armas (que laço e que chicote, bicho!). Destaque para a presença de Pedro Pascal e Channing Tatum (Chanin para a Patrine), fizeram um bom trabalho naquilo que o roteiro permitiu.

Suspensão de descrença e defeitos especiais

Para quem não conhece, esse termo se refere à vontade de um espectador aceitar a premissa  de uma obra de ficção mesmo que ela seja fantástica e impossível. Fazemos isso o tempo todo no cinema, para embarcar dentro de uma obra precisamos ligar esse botãozinho, mas tudo tem limite. Harry Potter voar numa vassoura, James Bond se auto desfibrilar, Homem-Aranha parar o metrô com suas teias são acontecimentos que fazem parte dos seus respectivos universos. Coisas que não seriam possíveis no nosso mundo, funcionam na tela, deixamos passar, compramos a ideia.

O Círculo Dourado perdeu pra mim aquilo que mais fez bem em seu primeiro filme, as primorosas lutas coreografadas foram substituídas em muitas cenas por computação gráfica, daquelas pesadas, na qual os personagens parecem bonecos de massinha. Quando isso acontece em cena e o espectador sabe que aquele não é o ator e que as leis da física não estão sendo respeitadas, ele é puxado pra fora da projeção e o botãozinho é desligado. A pior coisa que pode acontecer no cinema é você perceber que está no cinema e não no filme, imersão é tudo.

Assisti esse filme em IMAX e não sei se dei a má sorte de pegar uma cópia mal exportada, mas vi vários defeitos em CG. Em um momento do filme um cofre com a porta aberta aparece como pano de fundo, as bordas desse cofre estavam tremendo, isso mesmo, um objeto inanimado estava se mexendo. Esse tipo de defeito vemos, por exemplo, em jogos eletrônicos, mas não deveriam estar em um filme. Na verdade, a dica aqui seria: menos é mais. A utilização do CG é aceitável quando precisam fazer algo impossível que cenário e atores não conseguem entregar. Um cofre numa parede dá pra resolver com um cofre numa parede, bem simples.

O que esperar?

Os fãs precisam deixar a expectativa lá no chão para curtir Kingsman: O Círculo Dourado. Como filme de ação, entrega tudo que nós precisamos de ver: cenas de ação, explosões, gadgets e vilões piores que a Nazaré, mas não esperem coerência.

Para aqueles que não gostam de spoilers evitem assistir ao trailer, ele foi construído com cenas de todos os atos do filme :/

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